O PROPÓSITO DA FAMÍLIA
@p. Jota Moura Rocha
“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” Mateus 7.12
A família é a célula mater da sociedade. Nela se estabelecem os padrões de conformação da personalidade da futura geração. Quando cortamos nossa afetividade com os pais, isto afeta não só as relações da família, mas também nosso relacionamento com Deus.
1. FAMÍLIA DISFUNCIONAL
Falhas em relação a princípios de autoridade, faltas e excessos ou ausências e abusos, são extremamente nocivas e comprometedoras, podendo promover distorções graves nas relações familiares.
1) Lei do matriarcado - quando o marido se anula ou é anulado, o primeiro efeito colateral na esposa é a insegurança que a empurra para tentar ocupar o espaço do marido. Isso provoca no lar, com louváveis exceções, uma gerência insegura e conflitante. Os filhos sofrem de carência afetiva, hipersensibilidade, insegurança e apego material com um pobre senso de direção na vida. O apego material vem do medo de passar pelas mesmas necessidades não supridas pelo pai.
2) Lei do patriarcado - Onde a parternidade é autoritária, as pessoas são machucadas, anuladas e se tornam amofinadas ou rebeldes. O machismo anula e apaga a figura da mãe. Um exemplo disto é quando a mulher sabe que é traída, mas não consegue confrontar o marido. Isto vai corroendo-a por dentro e destruindo toda sua autoestima. As próximas pessoas a sentirem as consequências são os filhos. Eles se tornam perfeccionistas, legalistas (endeusamento de regras particulares) e perdem a visão das pessoas. Os projetos pessoais do pai tornam-se mais importantes que as pessoas da família. O paternalismo autoritário gera personalidades parasitas e manipuladoras.
3) Lei do filho-rei - Aquele que sofre a “síndrome do imperador” entronizado no lar. Muitas vezes, principalmente por causa de problemas entre o casal, os pais usam o(a) filho(a) como um escudo e canalizam nele(a) toda sua insatisfação emocional. O que era para ser compartilhado privativamente entre o casal, passa a ser despejado sobre o(a) filho(a). Acaba acontecendo um incesto emocional. O resultado é a superproteção e paternalismo, além do relacionamento disfuncional que traz para a vida do casal. O filho-rei não suporta a correção. O mimo estraga e potencializa a personalidade do filho para a manipulação dos pais.
2. PROPÓSITO DO MATRIMÔNIO
A família é como um conjunto de engrenagens. Qualquer falha no sistema vai prejudicar as pessoas envolvidas. Um problema no relacionamento entre os pais vai prejudicar os filhos. Precisamos avaliar a nossa história no contexto amplo de família.
1) Afetividade Primacial - Carinho, compreensão, atenção, valorização, paciência e diálogo respeitoso entre o casal, vão moldar o caráter dos filhos.
2) Companheirismo - Construção da parceria, capacidade de liderança partilhada e apoio recíproco. Os filhos vão assimilar esta capacidade de trabalhar em equipe harmonicamente.
3)Sexualidade partilhada - Uma vida sexual satisfatória é a mais forte proteção contra o adultério. Muitos divórcios começam com os desajustes na sexualidade. Uma aliança de fidelidade conjugal vai moldar o caráter dos filhos e protegê-los dos ataques e maldições demoníacas. Quebrando esta aliança muitos pais estão consagrando seus filhos às “pombas giras”. A infidelidade conjugal expõe os filhos aos mais diversos infortúnios, em termos de conduta permissiva e promiscuidade sexual.
3. PRINCÍPIO FUNCIONAL DO PAI
O relacionamento com o pai biológico é uma preparação para o relacionamento com a paternidade de Deus. O modelo de autoridade paterna é responsável em relação aos filhos, pelos elementos que fundamentam o potencial de liderança destes.
1) Direção e propósito - Desenvolve na família o senso de direção rumo aos alvos da vida. Capacita a discernir a vocação profissional e saber o que se quer alcançar na vida espiritual.
2) Limites éticos - Ajuda na definição dos valores, princípios, estilo e espírito de liderança. A motivação e a forma de comunicar valores do pai/mãe, são determinantes e fundamentais em relação aos limites morais adotados pelos filhos. Os pais cristãos afirmam a consciência biológica e sexual, tanto do filho quanto da filha como preceitua a fé cristã.
3) Proteção familiar - Traduzida no senso de provisão, segurança e suporte material à família. O posicionamento responsável, o espírito de servir em amor, a iniciativa e a provisão sustentável, comunicam segurança e descanso ao clã familiar.
4. PRINCÍPIO FUNCIONAL DA MÃE
A mãe biológica é a preparadora para o relacionamento espiritual com o Espírito Santo. Através da mãe aprendemos a receber cuidados graciosos e somos alimentados. O modelo de intervenção materna em relação aos filhos, é responsável pelos elementos que fundamentam a estruturação afetiva destes.
1) Vínculos familiares - Provocam a desinibição e naturalidade em estabelecer relacionamentos saudáveis. O equilíbrio temperamental é uma herança nutridora, principalmente através da mãe.
2) Nutrição Matricional - Ela edifica sua família com atenção, capacidade responsável de exercer cuidados e apoio. A presença e perfil da mãe transmite a noção de solidariedade e amor entre os membros da família.
3) Organização Proativa - a mãe edifica o lar, organizando a casa, provendo um ambiente de ordem e ao mesmo tempo aconchegante, além de muitas delas exercerem profissões. Isso provoca um efeito catalizador na vida interna dos filhos e do marido. Uma vida interior organizada sempre se exterioriza nas relações sociais.
5. PRINCÍPIO FUNCIONAL DO FILHO
Uma família cristã nuclear, inicia-se na união conjugal de um homem e uma mulher. Estes em nome do amor, perpetuam-se através dos filhos. Toda criança requer cuidado amoroso, segurança, elogio, disciplina, toque e conhecimento de Jesus Cristo.
A saúde e o futuro de qualquer sociedade, depende basicamente de uma só coisa: como essa sociedade define a família.
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