A FESTA DOS PÃES ÁZIMOS
1. INSTITUIÇÃO DA FESTA NO AT
1) A instituição da Festa em Israel - “Sete dias comereis pães Ázimos; ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até ao sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. E, ao primeiro dia, haverá santa convocação; também, ao sétimo dia, tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis para vós” (Êxodo 12.15,16).
2) O propósito e significado da festa - “Guardai, pois, a Festa dos Pães Ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde, comereis pães Ázimos até vinte e um do mês à tarde” (Êxodo 12.17,18; cf. 13.3-10; Números 28.17-25; Deuteronômio 16.1-8).
3) Começo e término com santa convocação - No dia final, nenhum trabalho poderia ser feito (leia Levítico 23.7). A única exceção era a preparação da comida. O livro de Levítico informa ainda que no segundo dia dessa festa, os israelitas tinham de trazer ao Senhor como oferta movida, um molho das primícias da colheita a ser entregue ao sacerdote (leia Levítico 23.10,11).
4) A celebração da Páscoa é um memorial - de como Deus passou sobre os israelitas, quando todos os primogênitos do Egito foram mortos na décima praga.
5) A Festa dos Pães Ázimos mantém viva a memória - da aflição que eles sofreram no Egito e o modo como Deus os tirou apressadamente dali. Por esse motivo o pão ázimo (matzah) também é chamado de “pão da aflição” (leia Deuteronômio 16.3).
2. PÃES ÁZIMOS NO NOVO TESTAMENTO
1) A Festa era celebrada na comunidade judaica - que começa com a Páscoa e a subsequente festa dos Pães Ázimos referidos como “os dias dos pães Ázimos” (leia Marcos 14.1; Lucas 22.1).
2) Os evangelistas registram os preparativos dos discípulos - para a refeição da Páscoa que antecede os dias dos “Pães Ázimos” (leia Mateus 26.17; Marcos 14.12).
3) O livro de Atos também informa - que o apóstolo Pedro foi preso durante uma Festa dos Pães Ázimos (leia Atos 12.3).
3. MENSAGEM DA FESTA DOS PÃES ÁZIMOS
1) O apóstolo Paulo aplicou lições espirituais - que Jesus tinha ensinado, ao repreender a congregação dos coríntios por causa de suas divisões, invejas e tolerância ao comportamento sexual impróprio. “Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós. Pelo que façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” (1Coríntios 5.6-8).
2) A Igreja em Corinto celebrava a Festa dos Pães Ázimos - Contudo, Paulo serviu-se da obediência dos coríntios em guardar fielmente a festa (removendo o fermento de suas casas), para encorajá-los a celebrá-la com o entendimento e propósito espiritual.
3) O ato de remover o fermento das casas por sete dias - lembra-nos que através da oração, da ajuda e poder do Espírito Santo, devemos reconhecer, renunciar e evitar o pecado. A Festa dos Pães Ázimos é um período de reflexão pessoal. Devemos meditar em nossas atitudes e conduta e pedir a Deus que nos ajude a reconhecer e superar nossos pecados pelo Sangue de Cristo.
4) O apóstolo Paulo aponta a autorreflexão como necessária - à vida cristã saudável: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13.5). Aprendemos lições espirituais fazendo coisas físicas. Retirar o fermento das casas, nos lembra de vigiar atentamente os pensamentos e ações pecaminosas para que possamos evitá-los. A vida cristã é uma batalha contra o pecado. A Bíblia fala do “pecado que tão de perto nos rodeia” (Hebreus 12.1). Temos a nossa parte na luta para vencer o pecado. Contudo, devemos confiar na ajuda de Deus. “Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2.12-13).
5) Observar os Dias dos Pães Asmos nos leva - a entender a necessidade crucial da ajuda de Jesus Cristo para vencermos as nossas fraquezas. E isso se reflete no segundo aspecto de como Deus ordena que essa festa seja observada — “comer pão sem fermento durante sete dias”.
4. MATZAH: O PÃO SEM FERMENTO
1) Para remover efetivamente o pecado - e impedi-lo de voltar para nossas vidas, devemos aprender com as instruções de Deus sobre o comer pão sem fermento durante a festa. Assim, substituiremos nossas fraquezas humanas e tendências pecaminosas por algo muito melhor.
2) Aprendamos com o ensino de Jesus aos Seus discípulos - À medida que a Festa dos Pães Ázimos se aproximava, e pouco depois de Cristo realizar um grande milagre para alimentar milhares de pessoas: “Trabalhai não pela comida que perece, mas pelo pão que permanece para a vida eterna, o qual o Filho do Homem vos dará... Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo... Eu Sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede... Eu Sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo... Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre” (João 6.27-58).
3) Observe os diferentes termos que Jesus aplicou a Si mesmo - “o verdadeiro pão do céu”, “o pão de Deus”, “o pão da vida” e “o pão vivo que desceu do céu”. Ele enfatizou que esse “pão” providenciado por Deus faria muito mais do que satisfazer a fome física, como Ele fez ao alimentá-los, de forma milagrosa. Isso satisfaria nossa fome espiritual e preencheria o vazio interior que existe em todo ser humano. O verdadeiro Matzah é o próprio Cristo encarnado em nós, pela fé em Seu sacrifício vicário. Jesus disse: “QUEM DE MIM SE ALIMENTA POR MIM VIVERÁ” (João 6.57b). Amém!
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