DECÁLOGO EVANGÉLICO DO VOTO
@p. Jota Moura Rocha
Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama. Provérbios 29.2 (NTLH)
O sonho da cidadania real também chamada de substantiva, refere-se à maneira como a cidadania é vivida na prática do dia-a-dia. Através dela podemos ver que nem todos os seres humanos são iguais socialmente, que as sociedades se estruturam desigualmente. Em tempos de eleições, julgamos indispensável trazer essa orientação formativa ao povo de Deus CBSI e outros, na intenção de ajudá-los a amadurecer no exercício de sua cidadania política. Assim surgiu, esse decálogo para o voto ético e consciente, considerando que a população evangélica votante, se constitui num segmento numérico crescente e significativo. Pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária em seus deveres e direitos invioláveis, para a consolidação de uma República Democrática.
I. O voto é intransferível e inegociável. Através dele, a pessoa que alcançou idade para votar (16 anos) expressa sua consciência política como cidadão. Por isso, o voto jamais deve ser vendido ou usado em barganhas e precisa refletir a compreensão que o cidadão tem do País onde vota. Voto branco e nulo NÃO FUNCIONAM para mudanças, mesmo como sinal de protesto. O voto consciente e responsável é uma forma de mudar a triste realidade de corrupção, passando a limpo a democracia do Brasil.
II. Não permita que ninguém viole ou corrompa sua consciência política. Nunca fundamente sua maneira de ver a realidade social, influenciado por ideologias anticristãs amplamente veiculadas pelos órgãos profissionais de comunicação, formadores de opinião da sociedade, acostumados a conduzir o eleitor na contramão da liberdade de consciência. Tome cuidado com as manipulações dos Institutos de Pesquisas, evitando o useiro e veseiro “voto útil”: Votar em quem está ganhando nas pesquisas nem sempre representa o melhor para a nação!
III. Os pastores e líderes têm o dever de orientar o povo sobre como votar com ética e discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política, num projeto de manipulação e indução político-partidário, visando interesses pessoais/grupais, agindo na contramão da ética cristã.
IV. Os pastores e líderes devem ser lúcidos, imparciais e democráticos nas questões sociopolíticas. Contudo, evitem envolver-se com política-partidária, exceto quando o Colégio Apostólico considerar e aprovar a aptidão vocacional do pleiteante. Aquele que for considerado apto para a missão política pelo Colégio Apostólico CBSI, deverá licenciar-se de suas funções eclesiásticas a partir da inserção postulatória de cargos eletivos.
V. Os pastores e líderes devem ser cautelosos e sábios ao se envolver em processos político-partidários. Considere-se sempre a diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a nossa comunidade. Sob pena de que, em não assim fazendo, dividam nosso povo em facções políticas, enfraquecendo a nossa força como povo aliançado. Devem sempre ouvir o Colégio Apostólico CBSI, visando contribuir com a transformação social e redentiva da nossa querida Pátria.
VI. Nenhum discípulo-membro CBSI deve sentir-se obrigado a votar em determinado candidato apenas por se confessar cristão/evangélico. Além disso, deve discernir se o candidato é pessoa lúcida, gabaritada e comprometida com as causas da justiça social e da verdade. Ainda é fundamental que o candidato busque eleger-se para propósitos maiores. Não apenas defender interesses imediatos de grupos dominantes ou de classes ideológicas anticristãs, que não passem no teste da “ficha limpa” e estejam envolvidos em condenações da “lava-jato”.
VII. Sempre que um discípulo-membro CBSI estiver diante de um impasse do tipo: “O candidato tal é ótimo, ainda que seu partido não é o que gosto”. É de bom alvitre saber que, NÃO se vota apenas no candidato, mas também no programa do partido dele. Mesmo que o candidato tenha qualificações e convicções éticas que não se contraponham à fé cristã, ao eleger esse candidato promove-se a ideologia do seu Partido. Conheça bem o programa partidário do candidato, para saber se não fere os princípios éticos e morais contidos no Evangelho do Reino de Deus que pregamos.
VIII. Nenhum discípulo-membro CBSI deve se sentir culpado por ter opinião política diferente de seu grupo social ou líder religioso. O líder deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus corretamente interpretada. No entanto, no âmbito político, a opinião dele deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão experiente, e não como uma profecia diretiva da parte de Deus, para votar neste ou naquele candidato de sua preferência.
IX. Teremos no pleito de 2022 votação para Presidente, Senador, Deputados Federal e Estadual, Governador. Devemos votar agora para eleger candidatos, baseados no conhecimento do caráter, história de vida, realizações, preparo técnico, intelectual e propostas qe visem a consolidação do Estado Democrático de Direito. É bom saber que a Constituição do País não dá a quem quer que seja, o poder de decidir o destino da nação sozinho. O presidente precisa dos deputados federais e senadores para votarem suas propostas de governo. Por isso, devemos votar em gente comprometida com os valores do Evangelho do Reino de Deus, evitando eleger gente que defende: legalização do aborto e das drogas, pedofilia, ideologia de gênero, doutrinação política na escola, dissolução da família tradicional e perseguição religiosa contra a Igreja. Além disso, é válido observar que aqueles que só aparecem com promessas em tempos de eleição, são como “aves de arribação”, tendo apenas a intenção de conquistar os votos de eleitores desinformados, para eleger candidatos e partidos que favoreçam interesses pessoais.
X. Para cidadãos do Reino de Deus, os fins não justificam os meios. O Discípulo-membro CBSI deve votar consciente e responsavelmente, além de orar pela paz da nação pátria. A atuação do político eleito deve ser acompanhada, observando suas realizações, seja como executivo e/ou parlamentar. Conquanto saibamos que nos bastidores da política, haja acordos, lobbys e composições de interesses escusos, não se pode admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a recompensa seja, aparentemente, muito boa para a expansão de causas sociais nobres.
Soli Deo Gloria!
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