SOMOS HABITAÇÃO DO DEUS VIVO! - @p. Jota Moura Rocha
eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2Co 6.16b)
A ordem de Deus para celebrarmos a Festa dos Tabernáculos, encontra-se em Levítico 23.34-43: “No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis. Durante sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor, e no dia oitavo tereis santa convocação, e apresentareis ofertas queimadas ao Senhor. É dia solene; nenhum trabalho servil fareis. No primeiro dia tomareis para vós frutos de árvores formosas, folhas de palmeiras, e ramos de árvores cheias de folhas e durante sete dias vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus. Celebrareis esta festa ao Senhor durante sete dias, a cada ano. É estatuto perpétuo pelas vossas gerações. Sete dias habitareis em tendas para que saibam as vossas gerações, que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu o Senhor vosso Deus.”
1. DEUS HABITANDO COM SEU POVO
O Tabernáculo em si, para aqueles não familiarizados ainda, é onde o Senhor habitava no meio de seu povo, dele recebia adoração e sacrifício, e com ele falava, no período da Antiga Aliança. Esta é a mensagem de Tabernáculos: Deus habitando com Seu povo. Veja a descrição e o uso das diversas áreas e utensílios do Tabernáculo, assim como a disposição dos rituais, nos capítulos 25, 26 e 27 do livro de Êxodo.
O apóstolo João registra no seu evangelho, a primeira vinda de Jesus (1.14): “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. O Verbo “habitou” e o mesmo que “tabernaculou“ revelando Deus vindo habitar no meio de Seu povo.
Muitos cristãos, pela falta de uma clara interpretação bíblica a este respeito, se recusam a definir a data do nascimento do Messias. A Igreja Ocidental, desde o quarto século da era cristã, adota 25 de dezembro como sendo a data deste divino evento. A maioria dos historiadores, entretanto, acredita que isto tratou-se de uma concessão feita aos pagãos do Império Romano, pelo Imperador Constantino. Frequentemente, a Igreja primitiva adotou como cristãs, festividades pagãs como uma estratégia, para obter novas conversões. Afinal, é mais fácil aproveitar hábitos existentes do que modificá-los, especialmente se enraizados. O Natal de 25 de dezembro é bem um destes exemplos. Tratava-se de uma festividade pagã, antiquíssima, para comemorar a volta do sol, após o solstício de inverno. Isso nada tem a ver com o nascimento de Jesus Cristo.
2. DATA DO NASCIMENTO DO MESSIAS
Cremos que Jesus nasceu em plena Festa de Tabernáculos, no primeiro dia desta Festa. As razões divinas para isto tornam-se muito claras, quando examinamos o quadro geral das Festas do Senhor. Veja, o plano redentor de Deus, para facilitar um entendimento mais amplo e promover maior aceitação de Jesus como o Messias, revelou-se nas datas que o Senhor santificou e ordenou a Seu povo celebrar. Jesus morreu na cruz, como nosso Cordeiro Pascal, no exato dia da Festa de Páscoa. Jesus ascende ao Pai no dia das Primícias dos Frutos. O Espírito Santo nos foi enviado para nosso revestimento, na Festa de Pentecostes. E o nascimento de Jesus, um evento fundamental aconteceu certamente na Festa dos Tabernáculos: Deus habitando entre seu povo.
Há várias evidências de que a Festa de Tabernáculos, marca o nascimento de Jesus: Desde que o ministério terrestre de Jesus durou três anos e meio, e Ele morreu na Páscoa, que é em março/abril, o início de Sua obra, aos 30 anos, aponta Seu nascimento para setembro/outubro, onde temos a Festa de Tabernáculos, e não para 25 de dezembro.
Como os pastores poderiam estar cuidando de seus animais no campo, referência que consta da descrição da nascimento de Jesus nos evangelhos, em fim de dezembro, pleno inverno? Estes ficavam confinados em seus apriscos, segundo o costume local, de novembro a fevereiro. Sabemos por Lucas, que Maria e José deslocaram-se para Belém, para atender ao censo de Herodes, que embora ordenado pelos romanos, mantinha o costume local de fazê-lo na cidade do patriarca de cada família. José era de Belém. Era necessário que o Messias nascesse em Belém, para cumprimento das profecias. Este evento, ao qual se seguia a cobrança de impostos, não se daria no meio do inverno e nem antes da colheita. A safra que antecede o inverno, a última do ano, é colhida no outono local e é seguida imediatamente pela Festa de Tabernáculos.
3. FESTA DA CHUVA SERÔDIA
Tabernáculos, era uma das três ocasiões, em que se dava a peregrinação em massa de todo o país, para Jerusalém (as outras duas eram Páscoa e Pentecostes). Nesta ocasião, não só Jerusalém, mas todas as áreas circunvizinhas, recebiam forte afluxo de peregrinos. E Belém dista apenas oito quilômetros de Jerusalém. Isto explica porque Lucas nos relata, em seu evangelho (2.7), que os pais terrenos de Jesus não encontraram acomodações em Belém, utilizando-se então, de uma manjedoura para abrigo, na situação do nascimento iminente de Jesus. Realmente houve um dia santo marcando o nascimento de Jesus. Jesus é o Emanuel, Deus habitando no meio de Seu povo. Seu nascimento é perfeitamente tipificado pela celebração da Festa de Tabernáculos.
Estudando sobre as Festas do Senhor, ganhamos uma compreensão mais profunda e verdadeira, do significado real de inúmeros episódios da vida de Jesus e de Sua maravilhosa mensagem! Em tabernáculos eram costumeiras as orações, rogando a Deus pela “chuva serôdia” de inverno, essencial na restauração da terra para a próxima safra. E no cerimonial histórico dos judeus, por ocasião do segundo Templo, o ponto alto no último dia da Festa de Tabernáculos, acontecia quando o sacerdote, simbolicamente derramava água no altar do Templo, obtendo fervorosa reação da plateia. As águas pedidas a Deus, não eram apenas as da chuva natural, utilizando-se Isaías 12.3: “Vós com alegria tirareis água das fontes da salvação”. Então, mais que a chuva física, esta cerimônia ilustrava profeticamente os dias de “Redenção Messiânica”, quando a água do Espírito Santo seria derramada sobre os crentes fiéis, tornando-os morada de Deus pelo Espírito!
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