CRO #070: OS SETE PECADOS MORTAIS DE UM(A) MINISTRO(A) CRISTÃO

@p. Jota Moura Rocha

Conheça os sete pecados corporativos que você deve fugir deles. Assim como na Bíblia Sagrada existe os sete pecados capitais (leia Gl 5.16-26), no corporativismo ministerial também existe os seus. O que pouca gente sabe é que alguns dos pecados capitais, a exemplo da gula e da luxúria, já transpuseram os limites do texto bíblico e fincaram o pé no mundo corporativo das organizações, sejam elas seculares ou eclesiásticas, se unindo à apatia, à desordem, à cobiça, à bravura e ao paternalismo. Estes pecados tem um poder devastador sobre a carreira de qualquer ministro(a) cristão, podendo levar à desmoralização da ordem ministerial.

1. DEFININDO OS SETE PECADOS CAPITAIS

1) Apatia - Significa a falta de vontade de buscar soluções criativas e efetivas para os problemas, lutando ainda pelo desenvolvimento eclesiástico contínuo.

2) Cobiça - Significa buscar conseguir o posto do colega ou até mesmo almejar o salário e a posição do seu líder maior. Esse é um dos piores pecados corporativos.

3) Bravura - Não significa ser valente, mas sim, aceitar grandes desafios e tarefas ministeriais sem ter qualquer tipo de conhecimento e capacidade para cumpri-las.

4) Gula - Não significa comer demais, mas é a sede por mostrar serviço e parecer eficiente, mesmo sem sê-lo. É a disposição para chegar ao mais alto posto, a qualquer preço. Isso pode levar a pessoa a cometer outros deslizes, como fazer fofoca ou cabalagem para intimidar os demais colegas de ministério.

5) Paternalismo – Paternalizar é deixar passar erros passíveis de correções e disciplina, sem tratamento adequado seguindo as Diretrizes e Normas do ministério. Este pecado é cometido pelas pessoas que muitas das vezes veem no líder a figura de um pai. O verdadeiro líder não passará a mão na sua cabeça, oferecendo moleza caso você erre. A não ser que haja segundas intenções, aí fuja o mais rápido possível.

6) Luxúria - Significa usar sua beleza ou boa aparência física para obter vantagens. Não adianta apelar para este truque que dura muito pouco. A competência ministerial deverá falar mais alto.

7) Desordem - Significa a falta de planejamento, execução e supervisão. Afinal, qualquer empreendimento ministerial para crescer precisa investimento. O(A) ministro(a) que não tem um plano de ação desenhado não chegará a lugar nenhum. O máximo que conseguirá é o desânimo, apatia, falta de compromisso e de resultados.

2. PODER DA INFLUÊNCIA DE UM(A) MINISTRO(A)

Será medida pela sua capacidade de envolver seus liderados, influenciando-os na renovação da visão (ou capacidade de a seguir), busca de sucesso, coragem para tomar decisões, desejo constante de melhorar e relacionamento saudável com os que o rodeiam. “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros”. (2Timóteo 2.2)

1) Obrigação da Posição - As pessoas seguem você porque é obrigatório. Esse tipo de influência vem simplesmente através de um título ou posição oficial. Se a influência que você tem na vida de alguém é posicional, então não se estenderá para além dos limites de sua autoridade posicional na vida do mesmo. (Ex. Seu líder tem influência em sua vida até que bata o relógio daquela tarde. Se o encontrar na rua qualquer fim de semana, ele não tem nenhum direito de falar nada a você, só no trabalho.)

2) Relação ou Relacionamento - As pessoas seguem você porque querem. Nesse nível, as pessoas seguem o líder ainda quando não é obrigatório. Pessoas não se importam com o quanto você sabe até que elas sabem o quanto você se importa. Se não puder criar laços duradouros entre você e o liderado, então o relacionamento não durará por muito tempo. A verdadeira liderança dura através de relacionamentos profundos.

3) Resultados Ministeriais - As pessoas seguem você por causa daquilo que tem realizado. Nesse nível as pessoas se juntam com um alvo ou propósito em comum. Uma pessoa reconhece os resultados da outra e a segue para obter os mesmos na vida dela. Normalmente esse tipo de pessoa está colocando os alvos acima de seus próprios interesses e cria laços e amizades vitalícias.

4) Reprodução ou Multiplicação - As pessoas seguem você por causa daquilo que tem feito especificamente por elas. Quando começar a capacitar outros com a sua sabedoria e encorajamento elas também começarão a ser bem sucedidas, nas suas próprias vidas. Sua influência direta em suas vidas, irá reproduzir nelas as boas qualidades que observam na sua vida. Seu alvo é produzir um sucessor. Sucesso sem um sucessor é fracasso.

5) Respeito Pessoal - As pessoas seguem você por que tem realizado tantas coisas e por tanto tempo, que quase virou uma lenda evangélica. Exemplos: Billy Graham, Lucas Huber, David Hogan. Esse nível é reservado para líderes que têm gasto uma vida inteira liderando e discipulando outros líderes. É alcançável, mas somente depois de muitos anos, comprovando a sua fidelidade e lealdade aos liderados.

3. COMO SER UM(A) MINISTRO(A) DE BOA INFLUÊNCIA

1) Cuidando da Integridade Pessoal - “Para ser um líder, é preciso de seguidores. E para ter seguidores deve existir uma confiança entre o líder e o liderado. Então a qualidade mais importante, sem sombra de dúvida, na vida de um líder é a integridade. Sem ela não é possível obter sucesso, qualquer seja sua área de ação: num time de futebol, no exército, num grupo qualquer ou no seu trabalho. Se os seus colegas acham qualquer falsidade de sua parte, se acham qualquer falta de integridade, o líder e os seus propósitos são sujeitos a fracassar. Seu falar e seu andar tem que ser compatíveis. Então a necessidade primordial do líder é integridade.” (Dwight D. Eisenhower)

2) Desenvolvendo a integridade pessoal - pela honestidade em seu falar, pelos compromissos mantidos e pelos motivos puros. “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho; o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retrata; o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente. Quem deste modo procede não será jamais abalado.” (Sl 15.1-5)

3) Providenciando Boa Alimentação Espiritual -Seja um líder compromissado em alimentar bem seus liderados. Sempre tenha uma boa palavra nos: cultos de celebração, nas reuniões de obreiros, no discipulado de novos líderes, na oração, jejum e consagração. Seja ainda: uma pessoa cheia do amor de Deus, esteja sempre aprendendo e transmitindo o que aprendeu para outros, acreditando nas pessoas. “Todo homem merece ser valorizado pelos melhores momentos.” (Ralph Waldo Emerson).

4. MARCAS DE UMA LIDERANÇA CRISTÃ SAUDÁVEL

1) Verdadeiros líderes exercitam o dom da fé - Fé em Deus, fé em outras pessoas e fé naquilo que pode acontecer. Uma fé ativa e operativa para realizar os sonhos de Deus na Terra e operar “as obras maiores” prometidas por Cristo!

2) Verdadeiros líderes ouvem bem as pessoas - Olhe para as pessoas quando elas estão falando com você, faça perguntas pertinentes, seja educado, não interrompa a conversa dos outros, não mude o assunto, verifique suas emoções em relação ao assunto, responda sinceramente aos questionamentos, identifique-se com a vida dos outros, procure compreender a mentalidade da pessoa, sonde o coração da pessoa, entre no barco para conhecer a própria vida deles. “Entrando em um dos barcos, que era o de Simão...” (Lc 5.3)

3) Verdadeiros líderes identificam-se com seus liderados -Verifique o passado da pessoa, descubra qual é o temperamento dela, descubra qual os dons espirituais dela, procure coisas-chaves na vida dela como:

·       Quais os sonhos dela?

·       O que faz ela chorar?

·       O que alegra o seu coração?

·       Quais suas habilidades naturais?

·       Com quem ela anda?

·       Quais são suas atitudes?

·       Qual seu nível de vida espiritual?

4) Verdadeiros líderes são capacitadores de outros líderes – Um líder com visão altaneira, não apenas busca crescimento pessoal na graça e conhecimento, mas capacita outros líderes:

(1) Ajude outros a verem seu próprio potencial. Nossas vidas não são um tipo de ensaio, é a coisa real! Pessoas tem que crer que Deus as criou para realizar um propósito, para fazer uma diferença neste mundo.

(2) Seu maior alvo como líder é capacitar os outros, para que eles possam ser grandes sucessos! “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo...” (Ef 4.11-12). (3) Busque ser um bom guia dos seus liderados: Um guia é alguém que pode passar informações importantes por causa da experiência de vida pessoal.

·       Experiência – “Já estive lá, já fiz aquilo!”

·       Sucesso – “Já fiz aquilo, funciona assim!”.

·       Responsabilidade – “Quero levar você comigo, vamos juntos!”.

·       Comunicação – Palavras de encorajamento, honesto, constante.

·       Parceria – Vamos fazer isso juntos, 50/50!

(4) Seja um líder que multiplica a si mesmo. O propósito original de Deus para o ser humano não era apenas que fosse frutífero, mas, que se multiplicasse também. Todo mundo tem uma necessidade inata de deixar uma herança para seus filhos. Assim, o natural deve ser uma ilustração da nossa vivência espiritual.

Boston, May 21, 2009


Comentários

Postagens mais visitadas