SIGNIFICADO DA NOVA ALIANÇA - @p. Jota Moura Rocha

 SIGNIFICADO DA NOVA ALIANÇA

“este cálice é a nova aliança no meu sangue derramado por vocês” Lucas 22.20b

O que seria essa nova aliança que o Senhor Jesus disse para Seus discípulos e que tem relação com seu sangue derramado? O cálice da nova aliança (novo testamento) representa o sangue derramado por nós, pelo Senhor Jesus Cristo.

1. PROFECIA DA NOVA ALIANÇA

1) A antiga aliança de Êxodo 24.7,8 - feita com Israel por meio de Moisés, havia caído em desuso. Razão porque Deus estava anunciando que uma nova aliança seria feita com seu povo. “Eis que vêm dias, diz o Senhor em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR” Jeremias 31.31-32. Assim, a nova aliança seria necessária porque o povo de Deus havia invalidado, rompido, quebrado a primeira aliança.

2) O problema não estava na aliança – que Deus havia feito com Seu povo, mas na inclinação má do próprio povo, que não permaneceu fiel à primeira aliança. ”Rejeitaram os estatutos e a aliança que EU (Javeh) fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos, e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o SENHOR lhes havia ordenado que não as imitassem”  (2Reis 17.15). O reino do norte já havia caído no exílio assírio, por ter abandonado os caminhos do Senhor. Agora o profeta anuncia que o povo de Judá (Reino do sul) também sofreria com o exílio babilônico pelo mesmo motivo: invalidaram a aliança com o Todo Poderoso, dando-se à idolatria e por isso à maldade (cf. 2Reis 17.19-23).

2. TERMOS DA NOVA ALIANÇA

1) O Eterno promulga a nova aliança – analisando o próprio texto de Jeremias 31.31-34, repetido em Hebreus 8.6-13, podemos ver detalhes importantes do significado da nova aliança. Esta seria feita com a casa de Israel e de Judá incluindo os povos gentílicos. A nova aliança baseia-se na mesma Lei moral da antiga aliança, sendo “escrita nos corações de seu povo, e não em tábuas de pedra” (Jeremias 31. 33). Assim haveria um conhecimento completo de Deus (v. 34a) Deus perdoaria as iniquidades do Seu povo e as esqueceria (v. 34b). 

2) Outros profetas vaticinaram sobre a nova aliança - adicionando outro elemento: ela seria uma aliança eterna!  “Porque eu, o SENHOR, amo o juízo e odeio a iniquidade do roubo; dar-lhes-ei fielmente a sua recompensa e com eles farei aliança eterna” Isaías 61.8. “Mas eu me lembrarei da aliança que fiz contigo nos dias da tua mocidade e estabelecerei contigo uma aliança eterna” Ezequiel 16.60.

3. O MEDIADOR DA NOVA ALIANÇA

1) Na Antiga Aliança o cordeiro apontava para Jesus - que ainda estava por vir. Os sacrifícios de animais da antiga aliança já não são mais necessários. A busca do perdão dos pecados, havia se tornado mais um cerimonial religioso, um ritual mecânico. Pela lei  dada a Moisés só poderia haver remissão de pecados com derramamento de sangue.  A Antiga Aliança cessou, agora estamos na Nova Aliança.

2) O memorial da Nova Aliança - O Sangue de Cristo vertido na cruz do calvário é o sangue da nova aliança entre Deus e a humanidade. Na Nova Aliança comemos o pão  da Santa Ceia, lembrando-nos de Jesus que já veio, e com expectativa da grande ceia que haverá na plenitude do Reino Eterno (cf. Mateus 26.29). A expectativa do povo da Nova Aliança deve ser a vinda da plenitude do Reino de Deus. Somos um povo que ainda não entrou plenamente na sua herança, mas que está caminhando para tomar posse dela. Por isso devemos comer do pão e beber do vinho em memória de Cristo. Devemos confessar que a sua obra na cruz é suficiente para nos preparar para a vinda do Seu Reino. Jesus ordenou: “Fazei isto em memória de mim” (cf. 1Corintios 11.23-26). Agora  já não é uma vez por ano como acontecia na Antiga Aliança. Na medida da revelação podemos fazer isso diariamente, ou todas as semanas ou todos os meses (cf. Atos 2.46-47). O único sangue capaz de atender completamente essa exigência foi o sangue de Jesus Cristo. Esta foi a maior transfusão de sangue já realizada no mundo (leia Hebreus 9.11-15).

A nova aliança será plenamente cumprida no futuro, mas que  teve seu início com a morte e ressurreição do Senhor. Além disso, ela é uma amplificação da primeira aliança, aperfeiçoando o propósito eterno do Pai celestial. Amém!