A VIDA SOB O GOVERNO DO REI DA GLÓRIA - @P. JOTA MOURA ROCHA
A VIDA SOB O GOVERNO DO REI DA GLÓRIA
“Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos,
para que entre o Rei da Glória. Quem é esse Rei da Glória?
O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória (Salmos 24.9-10).
Jesus Cristo é o Senhor da História; o governante supremo do universo. Tudo o que existe veio a existir por Ele, e continua a existir por meio d’Ele (Colossenses 1.17). Portanto, Jesus Cristo está no controle de tudo. A Bíblia fala do governo de Jesus Cristo como Senhor e Rei. Atribui a Ele literalmente o título de “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. No livro do Apocalipse, João escreve que: “no manto e na coxa do Cordeiro há a seguinte inscrição: Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19.16).
Ainda no mesmo livro, ele registra que o Cordeiro derrotará o império do mal, “porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Apocalipse 17.14). E a vitória d’Ele também será a vitória do seu povo.
1. Expectativa da manifestação do messias REI
A expectativa da manifestação do Messias como o Rei dos reis e Senhor dos senhores vem desde os tempos do Antigo Testamento. Quando Deus permitiu que a monarquia fosse instituída em Israel, os reis não deviam ser governantes autônomos, podendo agir como se fossem donos da nação. Eles seriam apenas representantes do verdadeiro Rei Celestial, estabelecendo a Lei de Deus e garantindo que essa Lei fosse observada na nação. Israel seria uma nação teocrática e messiânica: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Ex 19.5 Ex 19.6).
Mas o Antigo Testamento mostra que os reis de Israel falharam em muito nessa tarefa. O rei mais emblemático e importante da nação de Israel foi Davi, homem “segundo o coração de Deus”. Mas Davi também foi falho; ele foi um pecador como qualquer um de nós. Então, os reis terrenos de Israel simplesmente foram sombras do verdadeiro Rei justo, reto e perfeito, cujo reinado jamais terá fim. As profecias do Antigo Testamento preanunciaram a chegada desse Rei Supremo: “Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” (Salmo 110.1).
O governo da dinastia Davídica prefigurava o governo do Messias, muito mais excelente: “Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade” (Amós 9.11). Isso também se harmoniza com a profecia de Isaías, que prenunciou um governante que se assentaria sobre o trono de Davi: “Para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto“ (Isaías 9.7).
2. Nascimento de Jesus o messias rei
A expectativa veterotestamentária foi cumprida em Cristo. As bençãos prometidas à casa de Davi de uma dinastia eterna, são realizadas em Jesus, o grande Filho de Davi e em seu reino. O texto original abaixo citado, indica claramente o registro do diálogo na Divindade: “Disse Yahweh ao meu Adonai” (Salmo 110.1). Yahweh é o nome pessoal de Deus revelado em sua aliança com Israel. Enquanto Adonai que significa “senhor”, “soberano” indica o senhorio e soberania de Deus. Esse título passou a ser utilizado pelos judeus em lugar de Yahweh, quando eles passaram a considerar esse nome sagrado demais para ser pronunciado. Sim, Jesus Cristo é o Reis dos reis e Senhor dos Senhores, o descendente ilustre de Davi em quem todo o modelo de governo teocrático alcança sua real expressão final: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim“(Lucas 1.31-33).
O Novo Testamento confirma essa verdade. Ainda, no livro de Atos dos Apóstolo, a profecia de Amós sobre a restauração do reino de Davi foi aplicada a Cristo: “Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome“ (Atos 15.16-17). Da mesma forma, o escritor de Hebreus citou o Salmo 45: “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre. Cetro de equidade é o cetro do Teu reino” (Hebreus 1.8). O livro do Apocalipse também destaca a verdade de Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, que julga com justiça (Apocalipse 19.11).
3. Dimensão do governo e senhorio de Cristo
Durante seu ministério terreno, Jesus foi identificado como rei, desde o seu nascimento até sua morte. Pôncio Pilatos de forma escarnecedora, colocou uma placa na cruz que o identificava como o rei dos judeus. Porém, Jesus Cristo não se revelou como o tipo de rei que os judeus esperavam (leia Atos 1.6-7). Eles desejavam um rei que os livrasse da opressão estrangeira e devolvesse a Jerusalém sua posição de honra como nos dias de glória do reinado de Davi.
Até os discípulos de Jesus não entendiam ainda, que o propósito de Deus era muito superior às meras expectativas humanas. O governo de Cristo seria de uma dimensão muito maior, não estaria restrito apenas a Israel, mas a todas as nações da terra: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra“ (Atos 1.8). No entanto, o estabelecimento desse reino não se daria por uma revolta popular ou ação política, mas pela proclamação do Evangelho do Reino (leia Mateus 24.14).
Por isso o próprio Jesus avisou que seu reino não era deste mundo (João 18.36). Seu reino não estava manifestado num palácio em Jerusalém, mas dentro do coração de seus discípulos (Lucas 17.21).
Muita gente pensa em Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores, apenas num sentido futuro e escatológico. A verdade é que Cristo já reina aqui e agora. Onde há um discípulo convertido que reconhece o governo e senhorio de Cristo, o Reino de Deus está presente (cf. Colossenses 1.18). O Reino de Deus que hoje é essencialmente de caráter espiritual, na consumação dos séculos será manifestado em toda sua plenitude quando Cristo vier em poder e glória. “Nesse dia será revelado o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores” (1Timóteo 1.15). Nesse dia, o seu governo será completo e “todo joelho nos céus, na terra e debaixo da terra, terá de se dobrar diante d’Ele, e toda língua terá de confessar que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9,10). Jesus Cristo está conduzindo a História para o seu desfecho final, quando seu reino de poder e glória será manifestado finalmente, de forma completa para todo o sempre (leia Apocalipse 11.15).
Mensagem Inspiradora, obrigado Apostolo por compartilhar conosco.
ResponderExcluirSeu servo, Nazareno