SINAIS DO FIM DOS TEMPOS
SINAIS DO FIM DOS TEMPOS
@p. JOTA MOURA ROCHA
"E estando Jesus assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" - Mateus 24.3
A Bíblia fala muito sobre os últimos tempos e usa frequentemente expressões como: último dia, fim dos séculos, consumação dos séculos e outras semelhantes (Mt 24.1,3,32,41; 1Co 10.11; 1Pe 4.7). Declara ainda que haverá um fim de todas as coisas. Enquanto o tempo passa, mais e mais se atualizam as perguntas: quanto tempo ainda resta até o fim? Quando será o fim de todas as coisas? Como será o futuro? Jesus Cristo poderá voltar a qualquer momento? Tudo isso indica a preocupação que temos de...
1. CONHECER O FUTURO
1) Um mundo desorientado - Muitos recorrem aos cientistas, outros aos futurólogos e astrólogos e ainda alguns a profetas e profecias antigas, visando saber o que nos aguarda o futuro. O fato é que o nosso mundo vive numa crise contínua e cada vez mais crescente. Pelos meios de comunicação recebemos um volume de informações do que acontece em momentos, no mundo inteiro. Para os que não conhecem a Cristo através de uma experiência pessoal é chocante, assustador e desesperador o quadro dos acontecimentos mundiais. As tristezas, problemas em lares aumentam com frequência, a intensidade tanto ao nível individual como coletivo. Vivemos tempos trabalhosos (2Tm 3.1) e o maligno age desesperadamente no controle deste mundo (1Jo 5.19), sabendo que pouco tempo lhe resta (Ap 12.12). Um número cada vez mais elevado de líderes e autoridades mundiais afirmam que estamos no tempo do fim. Existem até previsões cibernéticas que predizem o fim do mundo já em nossa geração. Milhões perguntam: o que será o amanhã? Jesus falou da angústia e perplexidade entre as nações dos últimos dias (Lc 21.25,26).
2) A última geração – Em Mateus 24.34 Jesus fala de uma geração que não passará sem que todas estas coisas aconteçam. Que geração? E que coisas? Geração na linguagem bíblica é um tempo de mais ou menos cem anos (Gn 15.13-16). Não deve significar povo ou nação. Não pode ser portanto, o povo de Israel, mais alguma geração em algum ponto da história humana. A geração a que Jesus se refere deve ser aquela que vive na terra, quando à figueira começa a brotar e as demais predições proféticas se cumprem (Mt 24.32-34). Cremos que tais profecias se cumpram em nossa geração, pois a figueira símbolo de Israel já brotou desde 1948, quando o novo Estado de Israel foi proclamado e reconhecido pela ONU. O tempo dos gentios está chegando ao fim, pois Jerusalém volta a ser proclamada a capital eterna dos judeus (Lc 21.24). Certamente muitos cristãos já poderão tomar para si as palavras de Paulo, quando diz: “nós os que ficamos até a vinda do Senhor” (1Ts 4.17). É tempo dos filhos de Deus andarem de cabeças erguidas à espera do Senhor Jesus Cristo, não se perturbando com as evoluções deste mundo (Lc 21.30,31).
2. QUE PODEMOS CONHECER
1) O relógio do tempo – O verdadeiro cristão tem por bússola orientadora da sua vida as informações do livro de Deus – a Bíblia Sagrada (Sl 119.105). Ela diz que ninguém conhece seu tempo aqui na terra (Ec 9.12). O futuro de todos está nas mãos de Deus. Para entender a palavra de Jesus em Mateus 13; 24 e Lucas 21 é necessário observar que Jesus responde três perguntas de uma só vez, a saber: (1) Quando serão estas coisas? (2) Que sinal haverá da tua vinda (3) e do fim do mundo? Podemos então dizer que Mateus 24.15-20 se refere aos sinais da destruição do templo em Jerusalém. Mateus 24.4-14 e 36-41 fala dos sinais da segunda vinda de Cristo. E Mateus 24. 29-32 enfoca o fim do mundo.
2) A segunda vinda de Jesus Cristo - significa para o cristão convertido, o reencontro da Igreja com o Senhor nas alturas (1Ts 4.14). Ele virá como noivo ao encontro da noiva (a Igreja) e a levará às bodas celestiais (2Co 11.2; Ef 5.26,27; Mt 24.40,41). Em Apocalipse 1.7a está escrito: “Eis que Ele vem com as nuvens e todo o olho o verá...” Aleluias!
3. O “DIA D” DA HUMANIDADE
1) Observando os sinais proféticos - não há a menor dúvida de que o fim está muito próximo. O grande relógio de Deus indica que já é muito tarde e que se aproxima o grande dia do descanso eterno para o povo de Deus (Hb 4.9,10). Contudo, a Bíblia nos adverte que “para o Senhor um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (2Pe 3.8). Portanto, segundo o próprio Senhor Jesus Cristo, ninguém pode fixar datas da sua vinda (Mt 24.36). Através da história muitos já tombaram vítimas deste engano.
2) Figuras que ilustram a verdade - A palavra do Senhor após listar sinais que evidenciam a proximidade do segundo advento de Cristo, usa três figuras que nos advertem: (1) relâmpago que fala da repentinidade da vinda do Senhor (Mt 24.27); (2) Ladrão que fala da inesperabilidade da vinda do Senhor (Lc 12.38-40); (3) dores de parto que fala dia iminência da vinda do Senhor (1Ts 5.1-3). Sendo impossível conhecer o dia da vinda do Senhor (bem como a hora, o mês e ano), é necessário que todos estejamos preparados para o encontro com Ele, a qualquer momento do dia ou da noite (Mt 25.10; 24.39-41). O Novo Testamento exorta-nos a vigiar e orar. “Sede vigilantes, ficai apercebidos, eis que de antemão vo-lo tenho dito”. Não sejamos como as virgens néscias, e sim como as prudentes, tendo as nossas lâmpadas acesas e azeite em nossas vasilhas (Mt 25.3,4).
Resta-nos portanto, atentarmos para a recomendação enfática de Jesus Cristo: “o que porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.37). Como discípulos de Cristo juntamente com toda a natureza gememos na ardente expectativa da criação, que aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8.18-25). Aqui somos apenas peregrinos e estrangeiros, pois “nossa pátria eterna está nos céus de onde aguardamos também o Senhor e Salvador Jesus Cristo” (Fp 3.20,21). Então reinará a justiça do Reino (2Pe 3.13) e o amor será perene (1Co 13.13), quando “nascerá o Sol da Justiça trazendo salvação nas suas asas” (Ml 4.2). Continuemos nosso ministério, trabalhando, vigiando e orando. Até que ELE venha (2Pe 3.9-14), na Parousia!
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