DOUTRINA DA UNIDADE DA IGREJA

 @p. Jota Moura Rocha

As coisas que unem os cristãos são infinitamente mais importante e maiores que as minúcias que os separam. Muitas são as armas e pretextos que o inimigo usa para dividir e separar os cristãos uns dos outros: complexos, vaidade, orgulho, preconceito, personalismo, crítica impiedosa, desânimo, falso testemunho, traição, desconfiança, medo, favoritismo, egoísmo, ambição, ressentimento, raiz de amargura e espírito de vingança, entre outros motivos. “Todavia, que importa? Uma vez que Cristo de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo, sim sempre me regozijarei” (Fl 1.18).

Apesar das divisões indesejáveis causadas também por heresias e pessoas com espírito cismático (Tt 3.10; 1Co 11.19), sabemos que o plano ideal de Deus é que não haja divisão em seu Corpo – a Igreja (Jd 19; 1Co 12.25), pois “um Reino... uma cidade… uma casa dividida contra si mesma, não subsistirá” (Mt 12.25). Nosso testemunho só poderá ser mais impactante e penetrante no mundo, na proporção em que manifestarmos publicamente nossa unidade em Cristo: “Para que todos sejam em… a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21).

1. UNIDADE NA TIPOLOGIA BÍBLICA 

“Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que vou para junto de Ti. Pai Santo, guarda-os em Teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós” (Jo 17.11; Ef. 5.25). Cristo pagou com sua morte vicária o preço da unidade da Igreja, comprometida com seu Reino. 

1) Um só aprisco - “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim convém conduzi-las. Elas ouvirão a minha voz, então haverá um Rebanho e um Pastor” (Jo 10. 16). Esta figura fala da proteção e repouso que gozam aqueles que participam do único aprisco do Senhor, não importando o lugar do mundo onde estejam. (Mt 28.18-20).

2) Um só rebanho - “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele comprou com  o seu sangue” (At 20.17,28). “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós...” (1Pe 5.2-4). Como ovelhas do único rebanho pertencente ao Supremo Pastor, necessitamos do seu cuidado e direção revelado através dos seus ministros (diáconos, presbíteros e bispos). As ovelhas podem ter características diferentes, mas pertencem a um único rebanho do Pastor Celestial (Sl 23; Jo. 10).

3) Ramos da videira verdadeira - “Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Esse símbolo nos fala do elemento fundamental de nossa unidade: dependemos de estar ligados em Jesus Cristo como fonte de nossa vida e força.

4) Um só templo santo - “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra de esquina; no qual todo edifício bem ajustado cresce para Templo Santo no Senhor...” (Ef 2.20-22; 1Pe 2.4,5). Aprendemos por esta imagem a necessidade de estarmos interligados e sermos interdependentes no Senhor, para formarmos a Casa do louvor e adoração perfeitos ao Senhor.

5) Uma só noiva - “... vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro” (Ap. 21.9). “Porque zelo por vós com zelo de Deus... para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo” (2Co 11.2). Aprendemos por este símbolo que a igreja é a noiva de Cristo e por isso deve conservar o seu amor e pureza para o único amado de sua vida.

6) Uma só família - “Por esta causa me ponho de joelhos diante do pai, de quem toma o nome toda a família, tanto no céu como na terra” (Ef. 3.15). “... antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef 2.19). Nossa comunhão uns com os outros deve ser em obediência e respeito a nosso Pai, cordial e fraternal com os irmãos.

7) Um só corpo vivo - “Pois por um só Espírito todos fomos batizados em um só Corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres; a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12.12,13). Esta é a afirmação mais enfática do novo Testamento, acerca da unidade da Igreja (Mt 26.26; Rm 12.4; 1Co 10.17; 11.27; 12.20,27; Ef 1.23; Cl 2.17; 3.15) Precisamos nos converter à Unidade da Igreja, como corpo vivo de Cristo na terra.

2. UNIDADE EM CRISTO JESUS

“Assim também nós, conquanto muitos, somos um só Corpo em Cristo e membros uns dos outros” (Rm 12.5; 1Co 10.16, 17). Cremos que uma das verdades fundamentais que o Espírito Santo está restaurando na consciência dos verdadeiros servos de Deus, em nossos dias, é a necessidade de todo o povo de Deus se unir na comunhão, no trabalho e na esperança do breve retorno do Filho de Deus (At 2.42; Ap 22.17). É imprescindível e urgente vivenciarmos esta verdade. 

1) Em Jesus Cristo as barreiras caem - “Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa Paz, o qual de ambos os povos fez um, e tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade… reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2.13,14,16). Jesus Cristo reconciliou todos os homens em um mesmo corpo – a Igreja, agência do Seu Reino.

2) A Igreja apostólica viveu em unidade - “Todos os que creram estavam juntos e  tinham tudo em comum… diariamente perseveravam unânimes no templo…” (At. 2.44-47). Ela revolucionou sua geração por causa do poder espiritual de sua unidade. 

3) Os apóstolos de Cristo condenaram os cismas - “Rogo-vos irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que sejais concordes no falar, e que não haja divisões entre vós; antes sejais unidos no mesmo pensamento e no mesmo parecer” (1Co 1.10; Fl 2.1-3). No Reino de Deus desaparecem as classes sociais, dessarte, não pode haver judeu nem grego, nem escravo nem liberto, nem homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gl 3.28). Rejeita-se as preferências ministeriais - “quero dizer com isto, que cada um de vós diz: eu sou de Paulo, ou eu de Cefas, ou eu de Cristo. Será que Cristo está dividido?...” (1Co 1.12,13).

4) As sete colunas que sustêm a unidade da Igreja - “Há somente um corpo e um espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-6). Deus é o arquiteto da unidade do seu povo. A nós cumpre preservá-la no vínculo da Paz (Ef 4.3).

5) O memorial da Santa Ceia afirma a nossa unidade - “Porventura o cálice da benção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do Corpo de Cristo? Porque nós embora muitos, somos um só pão, um só corpo...” (1Co 10.16,17). Participar da Santa Ceia sem considerar seriamente este fato é profaná-la e, consequentemente tornar-se réu diante do Senhor (1Co 11.27-31).

3. UNIDADE NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO

“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para  evangelistas, outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do Corpo de Cristo. Até que todos cheguemos à Unidade...” (Ef. 4.11,12,13).

1) Cristo estabeleceu diferentes ministérios de liderança - Segundo o texto acima, a Igreja necessita de: a) Apóstolos - aqueles que têm capacidade para estabelecer e superintender igrejas; b) Profetas - Mensageiros com grande poder na exposição da Revelação Divina, capazes de desencadear despertamentos e renovação no Corpo de Cristo; c) Evangelistas - Aqueles cujo ministério principal é lançar a rede do Evangelho atraindo multidões a Cristo; d) Pastores - Aqueles que cuidam do bem-estar espiritual e edificação das ovelhas nas Igrejas Comunitárias; e) Mestres - Aqueles com dons ou habilidades espirituais para ensinar e instruir o povo de Deus, na Verdade Divina. O objetivo destes ministérios de liderança, ainda que diversos, é mutuamente promover o aperfeiçoamento dos santos para... (Ef 4.12) até alcançarem a maturidade em Cristo (Ef 4.13-16).

2) Todos os cristãos são chamados e vocacionados - “Ora, vede irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados” (1Co 1.26). Cremos no sacerdócio Uno e Universal de todos os salvos (1Pe 2.9).

3) Unidade, diversidade e mutualidade no servir - “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos... o certo é que há muitos membros, mas um só corpo... pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros...” (1Co 12.14-21; 25-27).

4) Precisamos servir ministerialmente segundo o dom - “Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus...” (1Pe 4.10,11; Rm 12.6-8). Assim como no corpo humano cada órgão tem sua função, no Corpo de Cristo acontece o mesmo. Você já descobriu o seu lugar no Corpo?

5) Cristo foi constituído o senhor e cabeça da Igreja - “Ele é o Cabeça do Corpo, a Igreja. Ele é o Princípio e o Primogênito dentre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia” (Cl 1.18; At 2.36). O Único Dono e Senhor absoluto da Igreja é Jesus Cristo, Aleluia!

4. UNIDADE É NOSSA RESPONSABILIDADE

“Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15). Somos exortados a não ter comunhão com aqueles que se desviam e negam a Cristo: “Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que dizendo-se irmão for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem sequer comais” (1Co 5.11). “Não vos ponhais em jugo desigual…” (2Co 6.14-16). 

1) Jesus Cristo não aprova os que dividem sua Igreja - “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles e tu em mim, para que eles sejam perfeitos na unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste...” (Jo 17.22-23). Nunca esteve no programa de Cristo uma Igreja fracionada. Quando os discípulos disputavam entre si, Ele os repreendia e instava a que deixassem de ser carnais e imaturos (Mt 20.24-28).

2) Somos exortados a não permitir divisão na Igreja - “Rogo-vos irmãos, pelo nome de  nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisão; antes sejais inteiramente unidos na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (1Co 1.10). Não devemos participar de qualquer movimento divisionista do Corpo de Cristo na terra.

3) A divisão na Igreja é considerada obra da carne - “Portanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sóis carnais e andais segundo o homem?” (1Co 3.3; Gl 5.19-20; Tg 4.1). Quando pendemos para divisões, estamos favorecendo o fortalecimento da velha natureza adâmica e demostrando falta de quebrantamento e humildade.

4) Ordem bíblica para que nos afastemos dos divisionistas - “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Rm 16.17-18; Tt 3.10,11). Nada de etiquetas e cortesias amistosas com aqueles que não respeitam a comunhão dos santos.

5) O Senhor detesta e abomina o semeador de contendas - “Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, a sétima ele abomina... o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19). Aquilo que é abominável é considerado maldito aos olhos do Senhor. Fujamos da maldição dos semeadores de contendas.

6) Mantendo um esforço consciente pela unidade - “... esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3). Há um preço a pagar por aqueles que têm a visão da Unidade da Igreja: O preço da vigilância e do esforço permanente.

7) Aceitando-nos mutuamente como Cristo nos recebeu - “Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixas contra outro assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3.13; Tg 1.26; 3.14). Demonstraremos  nossa espiritualidade e força estendendo a mão ao fraco, abatido e arrependido para levantá-lo (Gl 6.1-2; Rm 14.1). Que o nosso testemunho jamais escandalize a Igreja de Deus (1Co 10.32). 

8) A unidade dos cristãos é sinônimo de maturidade - “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef.4.13). À medida que crescemos em Cristo, aprendemos a desprezar tudo o que separa o povo de Deus e impede a  comunhão cristã.

9) O Espírito Santo jamais endossará qualquer desunião - “... o Espírito Santo vos constituiu Bispos para apascentardes a Igreja de Deus... Eu sei que... entrarão no  meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho... se levantarão homens falando coisas pervertidas para atrair os discípulos após si” (At 20.28-30). Há aqueles que  usam os dons do Espírito Santo (principalmente profecia) para pescar peixes no aquário. Lembremo-nos que os dons do Espírito visam a edificação do Corpo de Cristo, jamais divisões inconsequentes e interesseiras (1Co 12.7,25; 14.3,4,5,12,26,40). Cuidado com aqueles que manipulam a boa fé dos fiéis para construírem seus reinos particulares. Fujamos desta babel religiosa.

10) Quando obedecemos o novo mandamento de Cristo - “Um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei... nisto conhecerão todos que vós sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35). “Filhinhos, não amemos de palavras e nem de língua, mas por obras e em verdade” (1Jo 3.18). Aqui jaz a centelha divina, poderosa para consumir toda a palha do nosso falso cristianismo. É também, a pedra de toque que revela o coração dos verdadeiros discípulos do Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossa pregação por mais eloquente que seja, sempre deixará muito a desejar, se não estivermos promovendo “o ajuntamento dos filhos de Deus em um só Corpo” (Jo 11.52). Podemos nos reunir em congregações diferentes, com nomes diferentes, em locais diversos e até com entendimentos variáveis acerca de verdades bíblicas (exceto as fundamentais). Porém, nada justificará diante de Deus e do mundo incrédulo, a nossa desunião e desamor (Sl 133). Quando os filhos do Reino de Deus aprenderem a assim viver, estará construída a base que fundamentará os avanços e conquistas plenas do Reino Eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo!

5. DECÁLAGO DA UNIDADE CBSI

A unidade da Igreja já existe em Cristo e deve ser apenas mantida por nós membros do Seu Corpo na terra. Examinemos  Efésios 4.1-16, onde temos catalogadas as dimensões da unidade da Igreja. No verso 3, Paulo fala do nosso dever de "preservar" ou manter a unidade pelo vínculo da paz (Shalom). No texto original, há o sentido de um atleta que se exercita até a exaustão, se necessário. Esse deve ser o nosso esforço pela unidade. Elencamos a seguir o decálogo das dimensões de unidade que fundamenta a Comunhão da Igreja Shalom CBSI.

1) Unidade do Espírito - Promovida pelo Espírito de Deus no vínculo e harmonia da paz, em nosso espírito (v.3). Frutifica a verdadeira comunhão ou convivência harmônica na comunicação do amor divino (Hb 13.16). É a prática dos “Entranháveis Afetos e Compaixões” (Fl 2.1-5).

2) Unidade da Fé - Promovida pelo conhecimento e assentimento da sã doutrina apostólica com base na unidade de pensamento, sobre as verdades fundamentais do Evangelho (v.5). Frutifica uma doutrina-vida que gera nobreza e aprofunda as raízes da fé (At 18.24-27). É a “vacina” de Deus contra os modismos e as velhas e novas heresias (1Tm 4.16).

3) Unidade Ética - Promovida pela base comum de compromisso com os valores do Reino de Deus, conforme estabelecidos no teor do Sermão do Monte (Mt 5-7). Jesus Cristo é o nosso parâmetro e modelo de vida perfeita, sendo que assimilá-lo e refletí-lo no caráter, no estilo de vida íntegra e nos atos é o desafio maior da vida cristã (1Co 11.1).

4) Unidade de Governo - Promovida pela restauração do governo apostólico da Igreja através dos ministérios, dons e operações de Cristo (v.11). Pressupõe um Pluri-ministério que além de dar cobertura espiritual, exerce governo divino e direciona o povo de Deus para dentro do propósito eterno (1Co 12.4-28).

5) Unidade Orgânica - Promovida pela unidade, organicidade e operacionalidade do Corpo Vivo de Cristo (v.4), onde o dom determina o lugar de cada discípulo-membro na Igreja (1Pe 4.10-11). Frutifica através das “juntas e ligamentos” para o crescimento de todo o Corpo, garantindo a vida saudável da Igreja (v.16).

6) Unidade Programática - Promovida pela encarnação da visão centrada na missão integral da Igreja (v.12). Frutifica através da busca intensiva da Renovação da Visão Profética pelo estudo sistemático da Palavra, planejamento, objetivos e calendário comuns, que formam o Plano de Ação Geral da Igreja (Fl 2.2-5).

7) Unidade Metodológica - Promovida pela “dinâmica do provisório”, que nos faz sermos flexíveis para gerar, criar e inovar uma metodologia renovada e contextual a cada cultura (v.14-15). Requer também, pesquisa, avaliação e adaptação desapaixonada para atualizar sempre, buscando melhores caminhos para melhores resultados.

8) Unidade Administrativa - Promovida pela administração centralizada, responsável e transpa­rente do patrimônio e economia comuns da obra, primando pela prática do princípio da prioridade do Reino (Mt 6.33). Visa restaurar a generosidade, liberalidade e distribuição supervisionada no compartir os dons da graça divina (Rm 12.6-8) Tudo vem do Senhor e a Ele pertence. Somos apenas mordomos e administradores (1Co 3.21-23).

9) Unidade de Comunicação - Promovida pela atualização e renovação da linguagem e terminologia “evangeliquês”, visando uma comunicação contextualizada das verdades reveladas nas Santas Escrituras pelo Espírito de Deus (Ef 1.17-18). Só acontece uma verdadeira comunicação, quando o receptor decodifica o transmissor. (Jz 12.5-6).

10) Unidade Eclesiástica - Promovida pela estruturação da Obra geral, em uma Comunhão Indissolúvel da Igreja, unida pela Nova Aliança, organizada a nível local/comunitário, regional, nacional e internacional (v.6). Somos os Batistas da Unidade, por isso cresceremos como uma só corporação eclesiástica, unindo forças e recursos a fim de alcançar as nações para o Reino de Deus. (Is 60.1-3).

Cremos que na medida em que consolidarmos a Obra, começando dos ministérios e lideranças praticando essas dimensões básicas da unidade CBSI, estaremos preparados para cumprir a missão de testemunhar o Evangelho do Reino a todas as nações, até que o Senhor apareça em Sua plena glória (Mt 24.14). Amém!

Belo Horizonte, 28 de Outubro de 1996


Comentários

Postagens mais visitadas