UNIDADE E UNÇÃO DO ESPÍRITO - @p. Jota Moura Rocha

UNIDADE E UNÇÃO DO ESPÍRITO

“esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” Efésios 4.3
@P. JOTA MOURA ROCHA
A unidade e a unção do Espírito Santo são conceitos interligados na Teologia Cristã, representando uma força unificadora e um poder de ação divina. A unção deve ser entendida como um dom espiritual que impulsiona a unidade entre os crentes e lhes concede força para cumprir a missão de Deus. 
1. UNIDADE E UNÇÃO NA BÍBLIA
1) No Antigo Testamento - a unção com óleo consagrado era usada para dedicar pessoas e objetos ao serviço especial a Deus. 
2) No Novo Testamento - a unção com óleo consagrado representa o Espírito Santo, que capacita os crentes para o serviço e a missão no Reino de Deus.
3) Unidade como Testemunho cristão - A unidade entre os crentes em Cristo é um testemunho do poder do Espírito Santo, que os une em um só Corpo e os capacita para a missão de evangelizar o mundo. 
2. UNIDADE DOM DO ESPÍRITO
1) Unidade como presente de Deus - não é um objetivo a ser alcançado por esforço humano. A unidade da Igreja é um dom do Espírito Santo, que une os crentes em Cristo num só Corpo e Espírito. 
2) Unção como Poder do Espírito - A unção do Espírito Santo capacita os crentes a viverem a unidade, a testemunharem a fé e a servirem a Deus. Ela é o poder que os move a amar, a perdoar e a viver de acordo com a vontade de Deus. 
3) Unidade como Manifestação da Unção - A unidade é a manifestação do poder e unção do Espírito Santo. Quando os crentes estão unidos, eles se tornam um canal para a manifestação do poder de Deus. 
3. UNIDADE NO VÍNCULO DA PAZ
Paulo usa a figura do corpo para descrever a unidade cristã enumera quatro virtudes que caracterizam o andar digno do cristão. A unidade já existe por obra de Deus, não do homem (Ef 4.3). Portanto, o ecumenismo não possui amparo na Palavra de Deus. Paulo fala ainda sobre a necessidade de se “preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. A unidade é orgânica, mas precisa ser preservada. Como essa unidade é preservada?
1) Agindo com humildade (Ef 4.2) - A pa­lavra grega para “humildade”, foi cunhada pela fé cristã. A humildade era desprezada pelos romanos, pois era sinal de fraqueza. Ebehard Hahn define humildade como a renúncia à imposição de interesses pessoais. Francis Foulkes diz que em Cristo, a humildade tornou-se uma virtude (Fp 2.6). A humildade ocupa uma parte insubstituível no caráter cris­tão. Humildade representa pôr Cristo em primeiro lugar, os outros, em segundo lugar e o eu, em último lugar. Cristo apresentou-se como alguém manso e humilde de coração. Não podemos pensar a respeito de nós mesmos além do que convém nem aquém (Rm 12.3). Cristo é o exemplo máximo de humildade: ele a si mesmo se esvaziou.
2) Agindo com mansidão (Ef 4.2) - A palavra grega para “mansidão”, não é sinônimo de fraqueza; ao contrário, é a suavidade dos fortes, cuja força está sob controle. É a qualidade de uma personalidade forte que, mesmo assim, é senhora de si mesma e serva de outras pessoas. Uma pessoa mansa é aquela que não insiste em seus direitos nem reivindica sua própria importância ou autoridade (1Co 6.7). A mansidão é poder sob controle. Moisés era manso e no entanto, veja quão tremendo poder ele exerceu. Jesus era manso e virou a mesa dos cambistas. Uma pessoa mansa controla seu temperamento, impulsos, língua e desejos. É a pessoa que possui completo domínio de si mesma. 
3) Agindo com paciência (Ef 4.2) - Paciência é a atitude de nunca revidar. A palavra grega quer dizer, aguentar com paciência pessoas provocadoras. É o estado de espírito estendido ao máximo. É a firme paciência no sofrimento ou infortúnio. Crisóstomo dizia que paci­ência é o espírito que tem o poder de vingar-se, mas nunca o faz. É a pessoa que aguenta o insulto sem amargura nem lamento. “O amor tudo suporta”!
4) Agindo com um amor - que suporta os irmãos (4.2) A palavra “suportar” não é aguentar o outro com resignação estoica, mas servir de amparo e suporte para o outro. Fazer isso não por um dever amargo, mas com amor. “Suportar em amor” é a manifestação prática da paciência. Representa ser clemente com as fraquezas dos outros, não deixando de amar o próximo, nem os amigos por causa de suas faltas, ainda que talvez nos ofendam ou desagradem.
A Bíblia revela que a unidade é um propósito de Deus para sua Igreja e uma consequência natural da verdadeira unção do Espírito Santo. 

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