CR #056: HALLOWEEN NÃO... HALLELUYA SIM!

Ap. Jota Moura

“Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei, e estarás diante de mim; e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”. (Jeremias 15.19)

Muitos brasileiros permitem e até encorajam seus filhos a darem atenção à festa de Halloween, realizada no dia 31 de outubro de cada ano. Americanos sancionam o evento fazendo festas decoradas com bruxas, gatos, vassouras e abóboras. Alguns argumentam: apenas participamos para nos divertir e não para praticar bruxaria. Entretanto, aquilo que se relaciona com o mal e seu domínio não pode ser tratado como diversão. Vejamos qual é o dano ou lucro desta festa e como foi que se originou.

1. ORIGEM

A festa de Halloween é baseada no festival druida dos mortos. O Panteão Romano foi construído pelo Imperador Adriano em 100 DC, para servir de templo à deusa Cibele e a outras divindades romanas. Tornou-se o lugar principal de oração e adoração aos mortos. Roma foi capturada pelos bárbaros e o Panteão caiu em ruínas. O Imperador Focas que capturou Roma deu o Panteão ao Papa Bonifácio IV no ano 609 DC. Este reconsagrou o lugar à Virgem Maria e continuou usando o templo para orar aos mortos. A única diferença é que agora o templo estava cristianizado, sendo adicionado o purgatório.

Samhain, o deus druida dos mortos, era honrado durante o Halloween na Grã-Bretanha, França, Alemanha e nos países celtas. Dizia a lenda que Samhain convocava todas as almas ímpias que haviam morrido no último ano para habitar em animais.

Na celebração de Samhain, usava-se nozes, maçãs, esqueletos, bruxas e gatos pretos. Adivinhação também era praticada junto com mágica para buscar respostas sobre o futuro. Gatos pretos eram considerados seres reencarnados com a habilidade de adivinhar o futuro. Durante este festival, seres sobrenaturais aterrorizavam a população. Até o dia de hoje aqueles que praticam bruxaria declaram que o 31 de outubro é o dia mais indicado para praticarem suas artes.

2. SINCRETISMO

Os druidas criam que as almas dos mortos voltavam às suas antigas casas para serem entretidas pelos vivos. Fogueiras eram construídas sobre os morros para que elas pudessem encontrar seus caminhos. Comidas e alojamentos apropriados eram providenciados para estes espíritos, afim de que não lançassem maldições de bruxarias, causando destruição, roubando crianças, destruindo plantações, matando animais das fazendas e criando um terror ao perseguirem os vivos. Os espíritos para serem aplacados exigiam adoração e oferendas. Esta é a ação que o Trick-or-Treat (travessuras ou gostosuras) – brincar ou tratar da noite de Halloween simula hoje.

Em 834 DC, Gregório IV Papa da Igreja Católica tentou eliminar a celebração druida, criando o Dia de Todos os Santos em sua substituição. Enquanto o catolicismo espalhou-se pela Europa e pelas ilhas Britânicas, tentou tomar o lugar da seita pagã pré-existente da adoração de Apolo, Diana ou Imir, sendo um esforço vão. Mesmo que as formas externas desta adoração tenham mudado, a crença em tais divindades continuou. 

3. RENASCIMENTO

Uma saída foi encontrada durante a Idade Média para a prática aberta da bruxaria. As seitas deístas conduziam reuniões periódicas chamadas Shabaths das Bruxas. Atualmente, o mesmo alia-se com o 31 de outubro, sendo considerado o dia da maior importância. Travessuras e malícias começaram a ser feitas, para representar a conduta maliciosa relacionada com bruxas e lendas.

O ocultismo visa controlar a vontade da outra pessoa através do medo. Mesmo brincando, quando alguém ameaça castigar o outro porque não recebeu um presente ou oferta – especialmente balas ou chocolates, está imitando uma prática oculta de controlar a vontade de outra pessoa com a ameaça que provoca o medo. Prosperidade era prometida a todos os doadores generosos e truques a todos os que se recusavam durante o evento irlandês do trick-or-treat assim como no Hallowen.

Os símbolos tradicionais de Halloween apareceram nos Estados Unidos durante os anos 1800. Nas áreas rurais, atos irritantes e destrutivos eram feitos, como remover portões e colocá-los em cima dos celeiros. O mesmo era feito com casinhas e vagões. O cidadão desinformado não tem nem ideia de que existem espíritos demoníacos que são contactados e provocados quando invocados, mesmo em brincadeiras aparentemente inocentes. 

4. ALTERNATIVA CRISTÃ

Orar ou invocar aos mortos é contra as Escrituras Sagradas. Se alguém conheceu a Cristo antes de partir para a eternidade, seu espírito já está com o Senhor. Se alguém morreu sem Cristo, as Escrituras ensinam que não há uma segunda chance, pois já está determinado após a morte o seu julgamento – leia Hebreus 9.27. Enquanto vive no corpo, a pessoa deve escolher receber pela fé a Jesus e confessá-lo como seu Senhor e Salvador. Esta decisão ou a ausência dela, determina o destino de sua alma após a morte. Nenhuma oração pode reverter a decisão feita na terra pela pessoa enquanto estava viva.

Portanto, orar ou invocar aos mortos é uma desobediência à Palavra de Deus e uma prática pagã que se tornou comum em certos segmentos da cristandade. A Bíblia nos instrui a não ter contato com as obras da escuridão. “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espirito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor e por estas abominações, o Senhor teu Deus os lança fora de diante deles” Deuteronômio 18.10-12.

Já fazem alguns anos, que algumas igrejas na América do Norte saíram da retranca de apenas condenar a Festa de Halloween. Propuseram e estão desenvolvendo anualmente a Festa do Halleluyah, como alternativa cristã ao Halloween. O dia é o mesmo, porém com motivação, coreografia e artes cênicas de inspiração cristã. Acontecem brincadeiras inocentes com enfeites e máscaras de animais amigos, anjos e personagens infantis inocentes, que não provoquem medo. Mas que estimulem a fraternidade, a amizade, o amor, o respeito, a inclusão e todas as virtudes que devem ornar o caráter. Um dia super-alegre com atividades edificantes. A Igreja Shalom CBSI adotou a prática desde 2009, com bençãos extraordinárias no Halleluya, a Festa da Garotada. Vamos nessa?


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