CR #14: COMUNHÃO NA FAMÍLIA DE DEUS
Sois concidadãos dos santos e da família
de Deus. (Ef 2.19)
A igreja de Cristo é um grupo de
companheirismo ou família que se encontra numa caminhada. A atmosfera que deve
prevalecer nesse grupo de companheirismo é a de comunhão. Comunhão, em termos
mais simples, significa que as pessoas se sentem iguais em relação a si mesmas
e a Deus. Daí poderem compartilhar suas experiências, alegrias e frustrações e,
inclusive, os próprios bens. A comunhão resulta da compreensão da graça que
Deus manifestou na vida de todos. Está ligada bem de perto ao amor. É
alimentada pela abertura das pessoas umas para com as outras e se transforma
num dos pontos de apoio para a missão da igreja aqui na terra.
Muitas igrejas sentem o problema da falta
de comunhão entre os seus membros. Isto resulta de vários fatores:
1) Estamos enfrentando o problema da
segunda e terceira geração de cristãos sem a devida preparação. Exemplo: grande
parte dos membros de igrejas nasceu em lar cristão, acostumou-se aos valores da
fé. Mas as igrejas, preocupadas em ganhar os de fora, não deram a esse grande
contingente de pessoas, a atenção que merecia através de um programa específico
de orientação sobre a fé, a vida cristã, a própria razão de ser da igreja no
mundo.
2) Pode ser que o pecado esteja
atrapalhando a comunhão na vida da igreja (1João 1.3-7). O pecado, em qualquer
forma que se manifeste, nos leva à descomunhão, a nos escondermos de nós
mesmos, dos outros, e de Deus.
3) Também pode acontecer que a própria
estrutura da igreja (especialmente igrejas grandes e mais antigas) dificulte a
vida de comunhão. Um excesso de formalismo e institucionalismo, onde a
estrutura é mais importante que as pessoas, atrapalha.
4) A influência da sociedade em que
vivemos. Onde, devido à competição da sociedade de consumo e ao anonimato dos
grandes centros urbanos, as pessoas são muitas vezes, vistas e tratadas como
números, e não se lhes dá a devida importância.
5) A falta de visão da Unidade da Igreja.
Esta é, justamente, uma das oportunidades extraordinárias que as igrejas têm de
atuar na sociedade, atingindo pessoas e estruturas, através do desenvolvimento
de uma atmosfera de comunhão que possibilite, realmente, a vida em comunidade.
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