CR #050: ACENDE O FOGO EM MIM!

Ap. Jota Moura

“Sentou-se à mesa com eles, pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e deu a eles. Aí os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus. Mas Ele desapareceu. Então eles disseram um para o outro: — Porventura não ardia o nosso coração dentro do peito quando Ele nos falava na estrada e nos explicava as Escrituras Sagradas?” (Lucas 24: 30-32)

A história do caminho de Emaús registrada em Lucas 24:13-35 é muito interessante. Dois discípulos de Jesus – que a Bíblia não cita os nomes – estavam comentando os acontecimentos da crucificação enquanto caminhavam rumo à aldeia de Emaús. Eles estavam em luto profundo, por tudo o que havia ocorrido nos dias anteriores – a crucificação de Cristo. A esperança deles estava completamente despedaçada.

1. PRESENÇA

No meio da viagem, um terceiro viajante se juntou a eles. Era o Cristo ressuscitado. Mas a imensa dor cobria de tal forma a visão que eles não puderam reconhecer o Mestre. E continuaram a caminhar juntos até ao final do dia, quando então os três se sentaram para comer. Naquele momento, os dois tiveram seus olhos abertos para reconhecer Jesus mediante o Seu modo singular de partir o pão. Cristo sente muita compaixão por nós, especialmente quando enfrentamos situações tristes e perplexas. A verdade é que, assim como Cristo esteve com aqueles viajantes séculos atrás, Ele está hoje conosco. Ele mesmo disse: ‘eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos’ (Mateus 28:20).

2. SEGREDO

Precisamos aprender o segredo do coração ardente. De repente, Jesus nos aparece, as chamas se avivam e temos visões maravilhosas dentro de nós. Depois temos que aprender a manter o segredo sobre o coração ardente, que suportará qualquer coisa. É o dia-a-dia comum, insípido, vazio, monótono, com tarefas e pessoas comuns, que matam o coração ardente, a não ser que tenhamos aprendido o segredo de permanecer íntimos com Jesus. “Então a tua mensagem fica presa dentro de mim e queima como fogo no meu coração.” (Jeremias 20.9).

3. EMOÇÕES

Grande parte das aflições em nossa vida cristã provém, não do pecado, mas de nossa ignorância das leis de nossa própria natureza. A única maneira de se determinar se devemos ou não dar vazão a uma emoção, é verificar quais serão os resultados de tal ação. Analise-a até chegar a uma conclusão lógica e se o resultado for algo que Deus condena, elimine-a. Mas, se tratar de uma emoção despertada pelo Espírito de Deus e você não fizer com que ela se expresse de maneira apropriada, logo se extravasará para um plano inferior. É assim que surgem os sentimentalismos pouco reais. Se o Espírito de Deus mexer em si como uma criança dentro da mãe, tome todas as precauções para tornar espontânea e irreversível essa expressão, pois Ele habita dentro daquele que já confessou Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Romanos 8.16-17).

4. VISÃO

Ainda não podemos permanecer habitando no monte da transfiguração, mas devemos obedecer à inspiração que ali recebemos; temos que colocá-la em prática. Quando Deus lhe der uma visão, aja de acordo com ela, custe o que custar. Temos de transacionar e lidar com Ele nesse nível apenas. Como afirma Oswald Chambers:

"Não podemos avivar essa chama quando queremos;

A chama arde num coração fixo e constante em Deus;

O espírito sopra como o vento e depois aquieta;

Nesse mistério nossa alma habita;

Nas tarefas recebidas em momentos de revelação,

Podem ser cumpridas ordens nas horas de escuridão".

5. ESPERANÇA

No meio de tanta corrupção e violência, Jesus encontra maneiras de nos mostrar a Verdade, de nos dar esperança, de iluminar nossa mente e ainda criar um ‘calor’ em nosso coração. O que precisamos urgentemente é afinar a nossa sensibilidade espiritual. Se a perdemos, temos nossa visão prejudicada e a consequência disso é deixarmos de perceber Cristo fielmente ao nosso redor. Entretanto, quando somos sensíveis ao Seu toque singular, nossos olhos são abertos para enxergar a Sua real presença:

“De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” (Hebreus 13.5-6).

Há uma luz de esperança no fim do túnel da dor, da corrupção e da violência. Jesus Cristo é a esperança! Chegue agora para alguém que não conhece essa palavra e diga para ele com plena convicção. O coração arderá pela presença manifesta DELE! Amém.


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