CR #31: PROCURA-SE ODRES NOVOS!
por Apóstolo Jota Moura
“E
ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois que o vinho novo romperá os odres;
entornar-se-á o vinho e os odres se estragarão.” (Lc. 5. 36-39)
As
mensagens novas baseadas nas revelações bíblicas que o Senhor tem dado à Sua
Igreja é o vinho novo que vem renovar o vigor da igreja, dando-lhe nova visão.
Infelizmente muitos homens de Deus têm pensado que podem conter vinho novo em
odres velhos, isto é, estruturas velhas. Tais estruturas podem ser
eclesiásticas ou mentalidades pessoais.
É
impossível conter as estruturas eclesiásticas arcaicas a revelação nova que o
Senhor está a dar. Se assim tentarmos fazer, “o vinho romperá os odres” (Mc. 2.
22). É impossível receber a nova revelação como um “remendo” (Mt. 9. 16) que se
pode colocar no “vertido velho” dos dogmas, das tradições, e da organização
emperrada do “odre velho”. Se quisermos renovar, vamos renovar inteiramente,
inclusive o “odre”, a vasilha em que colocaremos aquilo que o Senhor está falando
nesses dias.
É
impossível conter em estruturas mentais e psicológicas arcaicas, a revelação
nova que o Senhor está dando. Se quisermos algo novo, precisamos ser capazes de
mudar a nossa maneira de pensar. “Transformai-vos pela renovação da vossa mente…”
E quero confessar: esta renovação é tão difícil quanto a das estruturas
eclesiásticas. É incrível verificar como o homem se apega a conceitos passados,
mesmo que ilógicos, e procura defendê-los com unhas e dentes, embora
indefensáveis! Oh, que o Senhor nos ajude, nos ensine, nos capacite para
quebrar as tradições, quebrar as rotinas, quebrar as barreiras, que nós
formamos, ou que seguimos cegamente! Como é difícil destruir o comodismo
espiritual, que nos impede de avançar em coisas maiores em Deus! Que Deus nos
dê o espírito de “bandeirantes espirituais”, para desbravar as florestas da
mesmice, das tradições, da cegueira espiritual!
Tenho
verificado que a personalidade humana é capaz de aceitar hoje coisas novas, mas
amanhã rejeitar outras novidades, embora sejam menos difíceis de aceitar do que
as de hoje. Não há explicação para isso. Mas o resultado é terrível.
Também
há à tendência de rejeitar hoje o que Deus está revelando, mas aceitá-lo daqui
algum tempo, aquela verdade se torna menos explosiva, escandalosa ou estranha,
e por isso aceitável (1 Co. 5. 39). O que precisamos é aceitar a revelação,
logo que Deus há dá. (Mt. 21. 28-32).
Ainda
pior é quando alguém rejeita uma verdade nova, só por ouvir falar, sem tê-la
experimentado. Está é a reação infantil de um garoto que diz que não gosta de
determinado prato, sem nunca tê-lo experimentado.
A
reação comum é dizer-se satisfeito com os ensinos tradicionais, e que não há
necessidade de “novidades”. Este é o comodismo espiritual. Mas a Palavra de
Deus nos diz em Jeremias 48. 11-12, que “despejarão as suas vasilhas, e
desperdiçarão os seus jarros”, para que não haja oportunidade jamais de voltar
ao jarro antigo; pelo contrário, que prossigamos em nosso progresso espiritual,
sem jamais voltarmos ao estágio antigo.
Em
nossa vida espiritual, precisamos seguir o exemplo de nosso pai Abraão. Não
existe na Palestina nenhuma cidade com o nome de Abraão, porque ele jamais
edificou uma cidade, nem jamais de acomodou em uma. Hebreus 11. 9 diz que ele
“pela fé peregrinou na terra da promessa como em terra alheia”. Isto é, ele
jamais considerou sua possessão final a parte da Terra Prometida que alcançara,
mas sempre prosseguiu, considerando-se “estrangeiro e peregrino na terra”. Nós
também precisamos nos considerar estrangeiros e peregrinos no nível em que
chegamos, visando sempre um alvo mais elevado, uma posição mais alta em Deus.
Quantos,
ao encontrar “uma formosa herança “(doutrina, verdade), imediatamente edificam
ao redor dela uma cidade, e se acomodam ali, recusando-se a prosseguir para
verdades novas! Tais cidades se esclerosam, tornam-se denominações, outras
tantas Babilônias! E aquelas pessoas jamais avançam para as coisas que Deus
revelar posteriormente – estão presas dentro dos muros que elas mesmas
construíram!
Nós
não descansaremos enquanto não percorremos toda a terra – isto é, enquanto não
tornamos posse de todas as promessas de deus para nós na Sua Palavra, enquanto
nós não apossarmos de toda a nossa herança em Deus!
Peçamos
ao Senhor para quebrar o resto de odre velho que ainda há em nós: o resto da
tradição, o resto de costumes velhos que ainda temos. Peçamos ao Senhor para
dar o espírito de Abraão. Que sejamos nômades em nossa jornada espiritual, e
jamais nos acomodemos em um determinado estágio da nossa vida espiritual. Como
o povo de Israel, não fomos chamados para um oásis no meio do deserto (por
agradável por ele seja!), mas fomos chamados para a Terra Prometida. Não para
simplesmente substituirmos, mas para tomarmos posse da plenitude da nossa
herança no Senhor!
Senhor,
que sejamos odres novos
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