CR #29: PRINCÍPIO DA FAMÍLIA SACERDOTAL
por Ap. Jota Moura
“Eis
aqui estou eu e os filhos que Deus me deu.” (Hb 2.13d)
Entramos
no mês de maio, considerado o mês da família por muitos do povo de Deus.
Ensejando
o mesmo, vamos tratar de um princípio bíblico pouco conhecido e enfatizado nos
púlpitos das igrejas.
1.
FUNÇÃO REDENTORA DA FAMÍLIA
Quando
o Senhor Deus criou a raça humana na Terra, começou com uma só família - Adão e
Eva (Gn 1.27-28, At 17.26).
Quando
a raça já decaída e multiplicada tendo o pecado proliferado trazendo o juízo
diluviano, o Senhor encontrou na família Noática o liame de preservação da humanidade
(Gn 7.1, Hb 11.7).
Quando
chegou o tempo providencial na economia Divina de preparar um povo como canal
da Revelação Especial, aconteceu o chamado de Abrão e Sarai (posteriormente –
Abraão e Sara) para serem o tronco patriarcal da nação messiânica (Gn 12.1-3,
Rm 4.13).
Quando
a nação israelita fora liberta do cativeiro egípcio sob a liderança de Moisés,
recebeu no Sinai entre outras, instruções de constituir Aarão e seus filhos
como sacerdotes do seu povo (Êx 28.1-2, Hb 7.5).
Finalmente,
quando chegou a plenitude dos tempos Deus enviou Seu Filho Unigênito a fim de
resgatar Suas criaturas e a Terra maculados pelo pecado, escolheu José e Maria
como progenitores do Messias JESUS (Lc 2.4-7, Gn 3.15, Gl 4.4-6).
Estes
fatos bíblicos entre outros, mostram o plano especial do Criador para a
família. Ele quer constituir e comissionar famílias comprometidas com os
propósitos do Seu Reino sacerdotal (Ap 1.5-6, 5.9-10). Famílias conscientes do
seu chamado para exercer governo sacerdotal conquistando nações para Cristo (Êx
19.6, Sl 2.8). Aleluia!
2.
NÍVEIS SACERDOTAIS REVELADOS
Costuma-se
dizer que - filho de peixe é peixinho, filho de ovelha é ovelhinha. Mas, filho
de crente não é crentinho, e nem filho de pastor é pastorzinho! Entendo
perfeitamente a ênfase que se quer dar a experiência personal da salvação bem
como ao chamado do ministério. Que não são hereditários e nem transferíveis de
pais pra filhos. Porém, lamentamos a exacerbada ênfase individualista que
ofusca a promessa inclusiva de Deus para a família, tanto na salvação como no
ministério (At 16.31, Js 24.15d). Um estudo acurado das Escrituras Sagradas
revela que o Senhor nunca desfocou a família e trabalha para edifica-la tanto
na Terra como nos Céus (Ef 3.15). Daí, alinhamos em esboço os níveis
sacerdotais revelados.
1)
O Sacerdócio Aarônico - Encarnado pela tribo de Levi era predominante na Antiga
Aliança, tipifica o ministério em nível religioso introdutório e representativo
do povo diante de Deus e de Deus diante do povo (Hb 7.8-12). Propedêutico e
transitório, portanto.
2)
O Sacerdócio Real - Inaugurado por Jesus Cristo em Sua Encarnação, nos corações
de todos que confessam Seu Senhorio e que vivem para implementar Seu domínio
nos corações e no Mundo pela proclamação do Evangelho do Reino (1 Pe 2.9-10, Ap
11.15, Mt 24.14). Missional e profético!
3)
O Sacerdócio Melquisedequiano - Tipificado em Melquisedeque contemporâneo de
Abraão, fala do sacerdócio do Messias JESUS que inaugura a Nova Aliança Eterna,
revelando o Emanuel - Deus conosco (Hb 7.1-3,14-17). Experimental e eterno...
Não
temos nenhuma Escritura Sagrada que chancele a revogação do chamado da família
ao sacerdócio generacional. Devemos passar a tocha sacerdotal, tanto para nossa
linhagem de família natural (biológica) convertida a promessa Divina como a
família espiritual (Igreja) chamada por Cristo para fora da religiosidade de
consumo da graça barata. Cheguemos ao sumo-sacerdócio de Melquisedeque. Até que
ELE venha!
Honolulu (HI) - May 01, 2011.
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